A festa dos Arcos voltou a não ter o brilho dos anos anteriores,
com muito menos afluência, possivelmente devido á Viagem Medieval que decorria
na mesma data. Não obstante, os arcos continuaram muito bonitos, coloridos e
versavam temas muito interessantes, de que se destacam o de S. Cipriano
(arco vencedor), os Ricos e Pobres, (que era também uma homenagem á Sra. Quina,
que faleceu o ano passado e que ficou em segundo) o Sol, a estação de Paços de Brandão; os 100 anos do
Titanic; o Fado, Património Mundial; um em cortiça que tinha uma imagem do
Castelo da Feira e um arco com decorativos de cortiça.
Um facto curioso, mas positivo, a registar (até porque todos
pensavam moribundo), foi a presença de dois pares do “Grupo da Joaninha”, na
chegada dos arcos juntamente com o Grupo dos Zés Pereiras de Baião.
Esta festa ficou ainda marcada pela presença inédita de uma
barraquinha onde se encontravam em divulgação das suas actividades os
estabelecimentos de ensino Brandoenses Instituto Superior (ISPAB) e a Escola
Profissional (EPPB). Este espaço era também partilhado pelo CDC – Centro de
Desenvolvimento de Competências, com os cursos de Formação.
O Programa proposto este ano pela comissão, não desiludiu, porém
está muito aquém de anos anteriores. Isto leva a pensar uma vez mais, até que
ponto não seria positivo uma agregação das festividades Brandoenses (Festa da
Póvoa e Festa dos arcos). Talvez desta forma tivéssemos uma festa mais
atractiva para nós, e sobretudo servisse de cartão-de-visita aos que se
deslocam de fora da freguesia. Fica novamente o repto aqui do Engenho!
A noite de folclore foi, talvez o ponto mais positivo deste
programa 2012, contando com a prestação de excelência que nos proporcionaram os
grupo: “Vindimeiras de Mamarrosa” de Oliveira do Bairro; “Santa Marta de
Portuzelo” de Viana do Castelo e “Ribeira de Santarém” de Santarém.
A cereja no topo do bolo, surgiu mesmo no final desta noite de
folclore, quando se ouviu tocar nos altifalantes “A Rusga” cantada pela saudosa
Dª Joaninha. E eis que, sem nada o fazer prever, alguns dos antigos elementos do seu grupo saltaram literalmente
para o palco, e ao som da sua música, recriaram algumas das danças de “Como elas
cantam e dançam em Paços de Brandão”, fazendo recordar com saudade os bons
momentos ali vividos de outrora.
Já no que concerne á ornamentação das ruas, continuam a ser muito
pobres, sobretudo, quando comparadas com outras aqui bem perto, mas é o que
temos.
Os andores este ano, infelizmente e teimosamente, continuaram no
mesmo sítio (o salão) arredados do local que sempre tiveram, ou seja a Igreja! Igreja
esta, que pelos vistos até se manteve aberta ao público durante o período que
durou as festividades.
Em conclusão, esta Festa continua a valer sobretudo pelos seus
arcos, quanto ao resto, infelizmente, é cada vez menos atractivo. Desejamos
sinceramente que esta situação se inverta no ano de 2013, pois acima de tudo, o
mais importante é não deixarem morrer as tradições em Paços de Brandão.